terça-feira, junho 22, 2010

Analogia

Quando perguntado sobre o que era o amor
Simplesmente não encontrou palavras
Ultimamente só conhecia o silêncio
Quebrado apenas por conversas curtas

Tentava encontrar, nos amores inventados
Alguma forma de conforto
Na sua cabeça, sentimentos não têm fim
Talvez alguma bobagem que leu em algum lugar

Que culpa tinha se os outros não lhe conquistavam o olhar?
Buscava apenas um momento pra respirar
Queria tirar um peso de si mesmo,
Que as feridas fechassem.

As tardes confundiam os sentidos,
Mesmo que, como já sabia,
Não havia mais como pensar naqueles dias
O tempo já os levou pra longe.

O que lhe confunde, é seu deslumbramento
A nostalgia que o faz olhar sempre pra trás
Pra ele, o passado se faz presente
Colorindo seus dias sem cor.

3 comentários:

  1. Maravilhosamente deslumbrante. Uma intensidade, uma sofisticação e um sentimento acurado que tira todo o ar de quem lê.

    Comparável a Florbela Spanca na transparência dos sentimentos, em um tragicismo muito mais refinado que o da simples morte.

    Junte os melhores e publique. Vai ficar um belo livro.

    Um beijo.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. E eu que lhe quero tanto, não sei o que fazer com todo esse querer...

    Seu sorriso e as lembranças são ruína de um passado contemplado sem remorsos e templo sobre o qual se constroi um futuro.

    Beijo.

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