sexta-feira, março 26, 2010

Balela

Chega de peito inflado
Declamando o seu porquê plural
A língua confiante
As certezas gritando

Uma verdade baseada no medo
Andar perdido,
Se segurando nas filosofias mais infundadas
Clamando por auto-afirmação

Morde a língua
Se afoga numa hipocrisia movediça
E se mostra mais desorientado
Olhos vagos
E a mesma atitude vazia

Sua revolução barata não depende de quem está ao seu lado
Mas do teu despertar,
De um passo firme.

segunda-feira, março 22, 2010

Atemporal

Olhos atentos
Tudo à flor da pele
Pensamento perto
A busca é sorrateira,
Só não se sabe bem o que se quer

Um passo firme no escuro
Tateando pessoas
Vontades aleatórias
Tudo ao mesmo tempo

Olho no espelho ou ao meu redor?
Atitudes dúbias
As margens se multiplicam
E te levam para um abismo
De dúvidas (e certezas)

quarta-feira, março 17, 2010

Nosso

Às vezes me falta um beijo
Daqueles que nos faz fechar as portas para o mundo
Que nos embriaga,
Nos envolve numa atmosfera particular

Aquele que pertence só a dois
Que é carimbo de um sentimento
Que nos faz querer parar o tempo,
O que torna o físico abstrato

Não é ensaiado,
Nem premeditado
Simplesmente, por algum motivo,
Ele é.