terça-feira, outubro 14, 2014

Mergulho

De todas as madrugadas esquecidas
Mantenho-me atento àquela.
Das vontades vencidas,
Quando o veneno deserda.

Deixo tudo escrito,
Em palavras tremidas.
Revisitando o não dito,
Confesso-me na tentativa.

Pela tarde, tu desperta
Na minha cama deserta.
Castigando, decidido,
Teu silêncio exaspera.

Na despedida, já traçada,
Refugio o que dilata.
A distância agrada.
Fraco, medíocre, ao fim, nada.

terça-feira, agosto 26, 2014

Treze

Os diferentes pesos:
Cada qual atrai o que lhe concebe.
Cabisbaixo, atingido, três pancadas,
Sorriso amarelo, cheio de rancor.

Teu saco não para em pé
E você já não tem significado.
Seus atributos caducaram
E o que sobrou não interessa.

Tchau! Adiós!
Vai pra longe, leva teu pensamento pra longe.
Encontre algo de bom, me exorcize,
Exorcize-se, gargalhe e ame seu espelho.

(09/10/2013 00:58)

sábado, janeiro 25, 2014

Brado

Quando desabo,
Atravesso o que quebra,
Desafio o desejado,
Permaneço descrente e intacto.

Adormeço em pensamento,
O que é real se descasca.
A pele, já calejada,
Silencia os segredos berrados.

Detesto a falsa pretensão
Daquele luto esperado, cansado, arrastado, atormentado...
Num dia tremo, na madrugada eu rio.
Já não caio mais nisso.