quinta-feira, julho 22, 2010

Silêncio

Penso em todas as coisas que poderiam ser ditas
Nas histórias, as idéias,
As saudades, as lembranças
Nada, de fato, vem até mim.

Lhe dou uma ponte,
Que nunca é cruzada.
Insisto na quebra,
Mas, o que te convém, é andar no mesmo caminho, talvez o mais longo.

Imagino qual seria sua primeira palavra,
Quem sabe uma frase...
No final, não ganho mais, do que a palavra
Que nada tem a dizer.

quinta-feira, julho 01, 2010

Amanhã

Quando o amanhecer voltar a ser dourado,
Quando teus olhos enxergarem púrpura
O nosso Bonde vai passar.

Nesse dia, como que por acaso,
Nos abraçaremos e as mágoas vão dissolver.

Falaremos sobre aquela tarde, lembraremos de músicas e filmes.
Tomaremos um café e, entre um cigarro e outro,
Teu sorriso vai se abrir, como em outros tempos.

Só te farei sentir bem.
O tempo se encarregará de só guardar as boas lembranças.

Falsete

Ainda é estranho te ver longe,
Mesmo quando o sentimento se diz distante.
Te sinto dentro de mim,
Como se nada tivesse mudado.

É estranho te imaginar ao lado de outro alguém
Uma vez que meu corpo ainda te sente,
Mesmo que na sala ao lado
Todos os dias.

Me perco nesse labirinto,
Nessa confusão de vontades...
Nesse querer, não querer, imposto,
Nada mais me atrai.

Sonho com teu sorriso junto ao meu
Naquele amanhecer dourado, que hoje se mostra tão longe.
Os desejos à flor da pele,
Vem aqui...