terça-feira, março 18, 2008

Fui eu, mais ninguém

Não sei se sinto ou se só preciso mostrar
Não sei ao menos se já cheguei a sentir...
Utopias de confusões inventadas
Fecho os olhos e faço esquecer.

Pessoas, olhares, músicas
Me sinto melhor
Estar em segundo plano é mais fácil,
Embora não ser o foco de ninguém me incomode

Seria tudo uma imatura clemência por atenção?
Uma necessidade de possuir?
Prendo-me a criar ilusões apaixonadas
Talvez pra me desviar das reais saudades,
Talvez apenas pra preencher os dias vazios.

Quanta monotonia...

domingo, março 16, 2008

Ponto

Sou levado a sentir o que não quero
O que não achava existir
Impróprio, desnecessário.
Ilegal.

Palavras sinceras me ferem
Chegam sem maldade, cheias de boas intenções
Cortam etapas, me levam ao ápice ilusório de um sentimento não experimentado
Eu sabia o que sentir
Senti.

Juras de amores alheios nos embalaram
Um momento pra ser guardado com carinho,
Talvez o molde tenha se quebrado.
Memórias do que não existiu, não causam saudade.
(Na teoria funciona)

Queria te segurar pela mão
Te levar por aí, te cantar, te encantar
Não saber o que pensar
Não me preocupar com nada.

Tenho que quebrar nossa geometria
Abandonar meus dois vértices
Esperar que alguém passe por mim...

E fique.

quinta-feira, março 06, 2008

Emaranhado

Sucumbi ao desejo.
As dúvidas acabaram
E a surpresa preencheu o vazio
Deixado pelo suposto orgulho ferido.

Peço que não se aproxime tanto
Temo que a gente dê um nó,
Daqueles que só desata ao ser cortado.

Não tenho mais força para perder nada.

Diante da chuva repentina
Deparei-me com o inesperado.
Deixei que o mal se apossasse,
Quando não soube o que sentir.

Tudo fora revelado
Antes do desejar e do sentir.
No meio de um quadrado confuso,
Surge um triângulo obtuso.

Hoje só quero esquecer de tudo.