terça-feira, maio 24, 2011

Amor Nº1

O amor, ou o que pensamos ser,
Confunde, atordoa e suga
De uma forma sorrateira,
Mas longe de ser discreta.

Planta uma semente,
Que, rapidamente,
cria raizes fortes
E que é regada por motivos ainda desconhecidos.

Sem aviso, nos floresce
O coração que palpita, a pele arrepia,
A cabeça se distrai,
Os pensamentos se perdem.

Os sorrisos se fazem mais presentes,
As lágrimas também, por que não?
O mundo vira um clichê romântico
Os dias ficam mais bonitos.

Exageros à parte,
Escrevo hoje aos meus amados,
Nessa tarde, onde sozinho,
Sinto vocês aqui.

Essa eterna vontade de ter perto,
Seja para falar dos desamores
Ou apenas para ficar em silêncio,
Quando tudo é dito apenas no olhar.

Aos meus queridos amigos,
Agradeço pelas doses diárias,
Pelos momentos passados e futuros,
Pela reciprocidade,
Por termos cruzado os mesmos caminhos.

quarta-feira, maio 18, 2011

Breve

Deter a sofreguidão de te trazer até aqui,
Admitir que os fatos distraem das vontades.
Acima de tudo que pensamos saber,
Existem paredes que nos impossibilitam.

Talvez ainda estejamos em linhas tortas.
Perambulando inconscientes,
Retornamos à antigos lugares,
Buscando sentir algo já perdido.

Ainda pensamos como dois,
Resgatando vícios adquiridos há muito,
Trazendo lembranças de outrora,
Nos desfazemos no vazio existente.

Encontrei, dentre tantos devaneios,
Um lugar tranqüilo, longe do amor pretérito.
O que me despertas hoje
É somente inspiração, para contar histórias inventadas.

terça-feira, maio 03, 2011

Sede

Acordo ainda com teu gosto na boca e,
Confundindo as lembranças, me arrasto indolentemente.
O corpo suado, tomado de desejo,
Clama por ti, suplicando teu toque.

Deito e deleito-me sobre você
Escorregando entre teus sussurros.
Me vejo entregue às tuas vontades
Tornando-as as minhas próprias.

Decifro tua libido,
Ligo teus sinais,
Que me levam até você,
Um a um.

Tateando possibilidades,
Numa noite cheia de incertezas,
Te ofereço meu olhar.
Numa euforia contida, despeço-me,
Esperando um novo encontro.