Aquele sorriso

De manhã ele quase não aparece, ou aparece, depende da noite, dos sonhos... Ah, o importante não é quando aparece, mas porque me lava a alma, me faz bem e me faz feliz. Completo. Mesmo longe, sinto os lábios se enrigencendo, os dentes aparecendo o olho fechando, levemente, na minha pele. Aquele sorriso que não vemos, mas sentimos. É verdadeiro, me enche de luz. O mesmo processo acontece em seguida comigo, a ordem às vezes inverte, mas não interessa. É algo que transcede o físico, o químico, o exato... é humano, é amor, é relação. São momentos que ficam e que mesmo longe, permanecem incrustados fazendo com que a sensação seja presente. Porque o importante não são os dentes, a boca, os olhos... mas as essências antitéticas daqueles sentimentos momentâneos, mas contínuos, que se completam e se fundem. Algo além do imaginário humano, que existe, não pra ser entendido, mas para viver. Não cansa, não enjoa é algo íntimo, único, para sempre...