domingo, fevereiro 17, 2013

Soma

Mordeu a língua e desviou.
Escapuliu de olhos fechados.
Inflou o peito e na hora hesitou.
Confundido dentro de um reflexo.

Engrandece o que não colore,
Trava e engasga no que fere.
Uma penitência encenada,
Interpretada a partir do que sobra, não do que falta.

Retrata e imprime, dormente.
Descasca o que ainda sara,
Despeja o nada no que exige excesso,
Costura desejos silenciados.

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Euforia

Inerte, te percebo veloz.
Desencontro e já te guardo, por semanas.
No mesmo minuto, ao acaso, te repito.
Aceito o paradigma e crio nossa alegoria.

A metáfora de uma vontade unilateral,
O silêncio de duas trocas de olhares,
E a possibilidade de uma dúvida,
Margeiam e abordam o que dormia.

O que desperta, fecha os olhos.
Tua indiferença me apetece.
Cobiço te pertencer,
Anseio me perder (em ti).